A MÃO INVISÍVEL QUE BALANÇA AS REDES
- Eguinaldo Hélio de Souza
- 28 de jan.
- 2 min de leitura

“A mão invisível” foi uma expressão criada por Adam Smith para descrever as leis que regulavam o livre mercado. Segundo ele, seriam os consumidores que determinariam o que, quando, quanto, como e em que quantidade as coisas seriam produzidas.
Mais ou menos assim. Ninguém produziria brócolis se não houvesse procura por brócolis. E quanto mais pessoas quisessem brócolis, mais brócolis seria produzido. O preço seria determinado pela relação entre pessoas querendo comer e a quantidade produzida. A qualidade determinaria quem compraria de quem. Se amanhã ninguém mais quiser brócolis, a produção cairia.
Eu poderia de repente achar que as pessoas deveriam comer rúcula, porque na minha opinião ela é mais gostosa e nutritiva do que o brócolis. Eu produziria rúcula, ofereceria para a venda. E se ninguém comprar e meu negócio falir, não posso ficar reclamando, pois, a mão invisível do mercado, essa teimosa lei, diz que não sou eu quem determina o que as pessoas devem gostar ou comprar.
Assim é com as redes sociais. O jovem deputado teve mais de 300 milhões de acesso. Logo seus opositores fizeram vídeos para competir e não foram bem sucedidos, nem de longe. Por quê? Eis a mão invisível.
As pessoas sabem o que querem ouvir. Elas determinam o que é melhor para elas. Elas recebem o produto, o consomem, e se isso lhes der satisfação irão indicar para outro que indicarão para outro e para outro e para outro...
Não adianta querer ganhar no braço de ferro. A mão invisível da opinião pública já cansou de certas pessoas com seus discursos artificiais querendo defender uma realidade indefensável. A maioria da população é composta de pessoas normais que não suporta mais as tentativas das bolhas ideológicas em querer determinar o que elas devem pensar, querer e fazer.
A bolha ideológica não detém mais o monopólio da fala. Outras vozes estão balançando as redes e estão sendo ouvidas porque sua mensagem se afina e se ajusta ao que as pessoas normais pensam e querem.
A esquerda não luta contra os Nikolas da vida. Luta contra a mão invisível balançando as redes que está conduzindo a dança no ritmo daqueles que já entenderam como a banda toca.
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